Ratos e Homens
John Steinbeck
George e Lennie eram dois amigos que andavam a procura de uma fazenda para trabalhar e ganhar dinheiro. Eles tinham um sonho, queriam construir uma casinha só pra eles, sem ter que servir a ninguém - "só para nós mesmos", sempre dizia George. Mas Lennie só se preocupava com os coelhos que eles teriam. Ele adorava algo fofo para acariciar, como ratos que ele encontrava no meio da estrada, mesmo mortos.
Quando eles finalmente encontraram trabalho, George fez muitas restrições a Lennie, como não dizer nada e sempre deixar que ele falasse. Na verdade os dois se completavam: George era o mais inteligente, porém não muito forte. Já Lennie era imenso! Aguentava qualquer peso, mas demonstrava certo retardo mental.
A dupla de amigos passou por muitas fazendas e trabalharam em muitos lugares porém nunca conseguiram juntar dinheiro para realizar o sonho porque Lennie sempre se metia em confusão e eles tinham que fugir do lugar. A amizade dos dois sempre prevalecia acima dos perigos, embora George muitas vezes demonstrava que o fardo de carregar o amigo era muito pesado para ele.
Na última fazenda que a dupla trabalhou, havia muitas pessoas encrenqueiras, como a esposa de Crespinho, dono da fazenda. Um dia aconteceu uma tragédia! Lennie quebrou o pescoço da mulher sem querer apenas porque, inocentemente, achou seu cabelo muito macio como o pelo de um coelho. O que George faria? Não poderia dar a mesma desculpa de sempre, "Lennie não fez por mal".
O grandalhão se vendo em apuros, lembrou-se que se algo desse errado, ele deveria fugir para longe que George o encontraria.
Pouco tempo depois todos descobriram o que havia acontecido e para eles só havia um jeito de resolver a situação: matar Lennie! Todos saíram correndo em busca dele. George acompanhou o grupo desesperado em busca do amigo, ele tinha em mãos uma arma que diferente de todos, queria proteger o amigo.
Quando finalmente o encontrou, realmente não sabia o que fazer, não poderia deixar que matassem seu amigo, Lennie, mesmo sendo imenso e quase que bruto, tinha a alma de uma criança. Mas George não tinha escolha, ao ouvir o latido dos cães e a correria dos homens que buscavam por justiça, ao ver o amigo, aquele coitado sonhando com seus coelhos e com o paraíso de sua casa juntamente com George, num ímpeto atirou em seu pescoço, matando-o. Essa era a única forma de proteger o amigo naquele momento.
Opinião: Demorei um pouco a entender a ação de George mas depois que entendi, vi que é a prova de uma amizade verdadeira entre dois amigos, mesmo cheios de diferenças. Nesse livro, o assassinato é uma prova de amizade
Nenhum comentário:
Postar um comentário